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O Brasil vive uma situação complicadíssima tanto na política
quanto na economia; mas isso não veio do nada, pelo contrário, é um rescaldo
do que sempre foi praticado aqui como política nesses campos. No país do “oba,
oba”, onde a indicação de um nome para ocupação de um cargo político, seja ele
em que esfera do governo for, mobiliza caravanas atrás de seu quinhão, não tem
como nada dá certo.
Sei que nosso país já enfrentou crises piores, a de 1930 foi
bem memorável; o golpe de 1968, também; a redemocratização foi dura de passar,
eu era adolescente, mas lembro bem do tal do “over Night”. Quem é da minha
geração, a galera ai dos quarenta e alguma coisa lembra, vivíamos numa inflação
galopante, o que se comprava pela manhã podia-se vender quase pelo dobro do
preço no dia seguinte. Muita gente, nem levou isso a sério, sorria, “ganhava
dinheiro”, comprava e revendia de tudo, carro, imóveis. Houve vários casos de
pessoas se desfazerem de fazendas inteiras para aplicar o dinheiro. Era a época dos “marajás”.
Ai veio o tal do Fernando Color de Melo. Jovem, bonito,
esportista, com uma oratória excelente, empolgante, envolvente. Prometia caçar
os “marajás”, controlar a inflação e desenvolver o país. O final da história, a
gente conhece. Itamar Franco, foi aquele governo morno, quem se destacou mesmo
foi seu então ministro da economia, o outro Fernando, o FHC. Fez uma capa muito
bonita na economia, criou-se o plano real, parecia que estávamos no rumo certo.
Se tornou presidente, ai veio as privatizações.
Apostamos tudo no PT. Esse, aproveitando da capa criado pelo
outro, aplicou a política assistencialista, a política de incentivo ao consumo.
A política agora era a das classes sociais catalogadas alfabeticamente. Não existia
mais pobre, existiam as classes A, B, C, D, E. A maioria de nós realmente
acreditou nisso. Começamos a gastar, comprar através de financiamentos, usar
das linhas de créditos disponíveis e facilitadas nos bancos. Para muitos, isso
virou compulsão: quando juntavam tantas parcelas de empréstimos que não dava
mais para pagar, bastava ir ao banco, conversava com o gerente, ele não só
fazia uma mágica para suas parcelas diminuírem, como também te oferecia mais
dinheiro! Quem tava atolado, metia a mão. Só que, banco nunca perde nada, nem
dá nada de graça a ninguém.
Enquanto vivíamos nessa falsa fartura, a corja política
sorria às escondidas. Organizações criminosas, um Brasil paralelo existia,
expropriando as riquezas do país. É o que tem sido mostrado pelas investigações
dos últimos tempos. É claro, meu povo, que isso sempre existiu! Não foi o PT
quem inventou a corrupção não. Mas, como diz um ditado, “ladrão é aquele que é
pego com a galinha nas mãos”, nesse caso, a galinha põe “ovos de ouro”.
Essa farra tem seu víeis também nas esferas municipais. Algumas
situações aqui em Marabá sempre foram alvo de denúncias, principalmente feitas
pelo Sintepp: as rotas de transporte urbano escolar, é dito que cada vereador
controla um setor; alugueis de residências para funcionamento de escolas,
enquanto há prédios de escolas municipais ociosos; excessos de diárias
recebidas pelo alto escalão da secretaria de educação; grande número de
contratados apadrinhados por vereadores; falta de clareza com relação aos
recursos próprios do município (que são os 25% constitucionais dos impostos
arrecadados que não fazem parte da bolsa do FUNDEB mais os 5% dos impostos que compõe
o FUNDEB, uma vez que somente 20% desses impostos vai para o fundo), a
prefeitura sempre apresentou números irrisórios como sendo os recursos
próprios. Essas são apenas algumas
situações.
Tivemos, ao longo da história do município, prefeitos que
massacraram os servidores, nunca cedendo 1% nas negociações – esses estão
querendo voltar – ai veio o M.M., esse ai abriu as porteiras – não sei se inocentemente,
ou por pura maldade, o certo é que seu ato trouxe a educação para a falência. Todos
nós da coordenação do Sintepp, assim como a maioria dos servidores da educação,
estávamos conscientes que alguns ajustes precisavam ser feitos no nosso plano
de carreira para garantir a sua sustentabilidade, tanto é que aprovamos uma
proposta de ajuste, que foi publicada no blog do Sintepp. Mas, a dupla de
prefeitos, o afastado e o em exercício, não quis aceitar a proposta apresentada pela
categoria porque tinha em mente outro plano, retroagir o nosso salário ao que
foi duas gestões atrás. Lá na época em que somente uma pequena “casta” de
professores podereia financiar um veículo, ter uma casa própria, poder ter lazer
com sua família.
O golpe que está sendo dado tem esse objetivo, e, eu não
tenho dúvidas alguma, alguém recebeu por isso. A vida do Cristo valeu trinta
moedas de pratas, na avaliação do Judas. A nossa carreira, quanto será que
valeu? A verdade é que, quem "apertou o gatilho" não sobreviverá na política para
contar a história; então a quem foi feito o benefício de levar 1100 professores
a beira da loucura, a falência financeira?
Vejo isso tudo como uma grande armação. É por isso que
acredito que temos a última bala na agulha na hora do voto. Vamos tentar coisa
nova. Vamos apostar em quem realmente sempre esteve ao nosso lado na luta. Está
ai o companheiro Wendel colocando seu nome como opção de voto, camarada de
luta, experiente e que saberá fazer o enfrentamento como professor e como
jurista na casa legislativa municipal. Companheira Joyce, que todos conhecem a garra e sabe que ela vai atrás
mesmo e não treme na hora de falar, sempre coerente. Tem ai o professor Higler,
da Unifesspa, cara bom, de luta, pré-candidato do PSOL como prefeito, vale a
pena apostar. Vamos mudar. Não vamos cair no discurso demagógico de quem sempre
esteve no poder. Se depois disso houver decepção, mais uma vez, bem, ai não
terá jeito, é a revolução!
*O que foi aqui dito é opinião do autor, não representa uma nota oficial do Sintepp.
Ainda diz que não é comunista. Conta outra.
ResponderExcluirInteresante, gracias por la info!!
ResponderExcluirSocialismo, sim, amanhã da certo!!! Kkkkkkkk
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