quinta-feira, 14 de julho de 2016

TEMOS A ÚLTIMA BALA NA AGULHA

Fonte:google imagem

O Brasil vive uma situação complicadíssima tanto na política quanto na economia; mas isso não veio do nada, pelo contrário, é um rescaldo do que sempre foi praticado aqui como política nesses campos. No país do “oba, oba”, onde a indicação de um nome para ocupação de um cargo político, seja ele em que esfera do governo for, mobiliza caravanas atrás de seu quinhão, não tem como nada dá certo.
Sei que nosso país já enfrentou crises piores, a de 1930 foi bem memorável; o golpe de 1968, também; a redemocratização foi dura de passar, eu era adolescente, mas lembro bem do tal do “over Night”. Quem é da minha geração, a galera ai dos quarenta e alguma coisa lembra, vivíamos numa inflação galopante, o que se comprava pela manhã podia-se vender quase pelo dobro do preço no dia seguinte. Muita gente, nem levou isso a sério, sorria, “ganhava dinheiro”, comprava e revendia de tudo, carro, imóveis. Houve vários casos de pessoas se desfazerem de fazendas inteiras para aplicar o dinheiro.  Era a época dos “marajás”.
Ai veio o tal do Fernando Color de Melo. Jovem, bonito, esportista, com uma oratória excelente, empolgante, envolvente. Prometia caçar os “marajás”, controlar a inflação e desenvolver o país. O final da história, a gente conhece. Itamar Franco, foi aquele governo morno, quem se destacou mesmo foi seu então ministro da economia, o outro Fernando, o FHC. Fez uma capa muito bonita na economia, criou-se o plano real, parecia que estávamos no rumo certo. Se tornou presidente, ai veio as privatizações.
Apostamos tudo no PT. Esse, aproveitando da capa criado pelo outro, aplicou a política assistencialista, a política de incentivo ao consumo. A política agora era a das classes sociais catalogadas alfabeticamente. Não existia mais pobre, existiam as classes A, B, C, D, E. A maioria de nós realmente acreditou nisso. Começamos a gastar, comprar através de financiamentos, usar das linhas de créditos disponíveis e facilitadas nos bancos. Para muitos, isso virou compulsão: quando juntavam tantas parcelas de empréstimos que não dava mais para pagar, bastava ir ao banco, conversava com o gerente, ele não só fazia uma mágica para suas parcelas diminuírem, como também te oferecia mais dinheiro! Quem tava atolado, metia a mão. Só que, banco nunca perde nada, nem dá nada de graça a ninguém.
Enquanto vivíamos nessa falsa fartura, a corja política sorria às escondidas. Organizações criminosas, um Brasil paralelo existia, expropriando as riquezas do país. É o que tem sido mostrado pelas investigações dos últimos tempos. É claro, meu povo, que isso sempre existiu! Não foi o PT quem inventou a corrupção não. Mas, como diz um ditado, “ladrão é aquele que é pego com a galinha nas mãos”, nesse caso, a galinha põe “ovos de ouro”.
Essa farra tem seu víeis também nas esferas municipais. Algumas situações aqui em Marabá sempre foram alvo de denúncias, principalmente feitas pelo Sintepp: as rotas de transporte urbano escolar, é dito que cada vereador controla um setor; alugueis de residências para funcionamento de escolas, enquanto há prédios de escolas municipais ociosos; excessos de diárias recebidas pelo alto escalão da secretaria de educação; grande número de contratados apadrinhados por vereadores; falta de clareza com relação aos recursos próprios do município (que são os 25% constitucionais dos impostos arrecadados que não fazem parte da bolsa do FUNDEB mais os 5% dos impostos que compõe o FUNDEB, uma vez que somente 20% desses impostos vai para o fundo), a prefeitura sempre apresentou números irrisórios como sendo os recursos próprios.  Essas são apenas algumas situações.
Tivemos, ao longo da história do município, prefeitos que massacraram os servidores, nunca cedendo 1% nas negociações – esses estão querendo voltar – ai veio o M.M., esse ai abriu as porteiras – não sei se inocentemente, ou por pura maldade, o certo é que seu ato trouxe a educação para a falência. Todos nós da coordenação do Sintepp, assim como a maioria dos servidores da educação, estávamos conscientes que alguns ajustes precisavam ser feitos no nosso plano de carreira para garantir a sua sustentabilidade, tanto é que aprovamos uma proposta de ajuste, que foi publicada no blog do Sintepp. Mas, a dupla de prefeitos, o afastado e o em exercício, não quis aceitar a proposta apresentada pela categoria porque tinha em mente outro plano, retroagir o nosso salário ao que foi duas gestões atrás. Lá na época em que somente uma pequena “casta” de professores podereia financiar um veículo, ter uma casa própria, poder ter lazer com sua família.
O golpe que está sendo dado tem esse objetivo, e, eu não tenho dúvidas alguma, alguém recebeu por isso. A vida do Cristo valeu trinta moedas de pratas, na avaliação do Judas. A nossa carreira, quanto será que valeu? A verdade é que, quem "apertou o gatilho" não sobreviverá na política para contar a história; então a quem foi feito o benefício de levar 1100 professores a beira da loucura, a falência financeira?
Vejo isso tudo como uma grande armação. É por isso que acredito que temos a última bala na agulha na hora do voto. Vamos tentar coisa nova. Vamos apostar em quem realmente sempre esteve ao nosso lado na luta. Está ai o companheiro Wendel colocando seu nome como opção de voto, camarada de luta, experiente e que saberá fazer o enfrentamento como professor e como jurista na casa legislativa municipal. Companheira Joyce, que todos conhecem a garra e sabe que ela vai atrás mesmo e não treme na hora de falar, sempre coerente. Tem ai o professor Higler, da Unifesspa, cara bom, de luta, pré-candidato do PSOL como prefeito, vale a pena apostar. Vamos mudar. Não vamos cair no discurso demagógico de quem sempre esteve no poder. Se depois disso houver decepção, mais uma vez, bem, ai não terá jeito, é a revolução!



*O que foi aqui dito é opinião do autor, não representa uma nota oficial do Sintepp.

3 comentários:

  1. Ainda diz que não é comunista. Conta outra.

    ResponderExcluir
  2. Socialismo, sim, amanhã da certo!!! Kkkkkkkk

    ResponderExcluir

O blogger não publicará postagens anônimas de cunho ofensivo a pessoas físicas. E também não adianta querer detonar o SINTEPP.