quinta-feira, 3 de abril de 2014

MARABÁ - 118 ANOS DE HISTÓRIA

ALUNOS DO ACY BARROS VÃO CONHECER ONDE TUDO COMEÇOU


A nossa Cidade Relicária faz agora 101 anos de emancipação, a história do município, porém, tem seu início pelo menos uma década e meia antes dessa data. Controvérsias a parte, tudo começou no Burgo instalado pelo coronel Carlos Gomes Leitão nos últimos anos do século XIX, para ser mais preciso, no ano de 1894, data que o Carlos Gomes Leitão se instala dez quilômetros abaixo do pontal que posteriormente seria ocupado pelo trope de Francisco Coelho, comerciante maranhense que deu a cidade essa ligação marcante com a literatura brasileiro, batizando seu comercio de Barracão Marabá, em homenagem ao maior poeta que nossas letras já teve, o também maranhense Gonçalves Dias.  Isso era já o ano de 1898, sem se dar conta que, bem distante dali, uma importante página da história de nosso país estava sendo virada com a assinatura da Lei Áurea, que acabava com a escravidão no Brasil. Em 1913, quando o influente Antonio Maia, depois de várias articulações políticas, ver emancipado o município que acabou vingando no Pontal de confluência entre os rios Itacaiúnas e Tocantins, já estavam mortos Carlos Gomes Leitão e Francisco Coelho. Esquecer esses 17 anos que ficaram para trás, é esquecer importante período de nossa história.
Para tentar resgatar um pouco dessa história e saber em que situação se encontram os moradores da parte mais antiga de nossa cidade, a professora Kátia, da Escola Acy Barros, realizou um passeio com alunos das turmas do terceiro ano do ensino médio do turno da manhã para conhecerem o pontal, como uma das ações de seu projeto Rios de Encontro.
Segundo explicou o aluno Juan Paixão, do terceiro ano A, "foi impressionante ver que apesar das dificuldades que as pessoas vivem ali, eles tem apego ao local e não querem sair dali, foi muito importante para todos nós ver, conhecer essa parte tão importante da cidade". O aluno Gladestone, também do terceiro ano A, do ensino médio, afirma que "ao conversar com pessoas do bairro, percebemos a insatisfação delas com relação à prefeitura que pouco apoio dar aos moradores". Além disso, "as pessoas estão inconformadas pelo fato de o aniversário da cidade não ser comemorado junto ao Bairro do Cabelo Seco, onde tudo começou", afirmou Gladestone.
Esteve também dando apoio ao trabalho, o ex-aluno da escola e agora acadêmico do curso de Ciências Biológicas, Davi Escalha Aranha. Ele fala dizendo que "a carência no local é muito grande, o apoio da prefeitura praticamente não existe. Sabemos que a cidade inteira precisa de saneamento básico mas lá é um caso extra. Os governantes precisam olhar para isso. Há uma ONG que ajuda como pode a comunidade,  se a prefeitura chegasse lá e ajudasse seria de grande importância para a comunidade".

Durante todo o percurso, todos os alunos mostraram-se muito atento não somente às questões sociais do bairro, mas também às questões ambientais. A professora Kátia, explica que o objetivo inicial do projeto foi fazer com que os alunos observassem "nos contextos químicas e biológicas referentes às erosões do leito dos rios, a própria questão das moradias. Além dessas questões, observamos também o apego que as pessoas tem ao local. Vimos ainda que, apesar da cidade está completando 101, a praça que o Bairro possui, marca 115 anos, isso mostra que a cidade é bem mais antiga do que o que se está comemorando". 

Foi um excelente trabalho realizado pela escola Acy Barros que está de parabéns por essa iniciativa. Mostrando que dar aula pode ser algo bem mais empolgante do que se fechar entre quatro paredes da sala de aula.  

2 comentários:

  1. Olá, galera do Acy, manda foto para meu e-mail que acrescento à postagem. alopesqueiroz@gmail.com. Aguardo.

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  2. Foi muito bom e muito importante para nós alunos conhecermos essa comunidade, e observar a carência e ao mesmo tempo a união destes! Um ótimo projeto da professora Katia juntamente com a escola ! ^^

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