Algumas configurações já bem definidas na composição do governo. Professor Pedro Souza (PPS), o segundo vereador do partido mais votado, será o líder do governo na Câmara Municipal de Marabá. Terá que ter muito jogo de cintura para dialogar com os pares. Se bem que, a briga já começará sem muito percalço, uma vez que o João já conta com 14 dos 21 votos da câmara e o bom relacionamento de Pedro souza. Bressan levou a secretaria, ou melhor, o Luis Carlos; mas corre o risco de se tornar uma "rainha da Inglaterra" uma vez que fica apenas com a administração. A infraestrutura fica com o PPS, que deve indicar o professor Paulo José, o PJ, vice-diretor do Gaspar Viana, ex-diretor da URE e ex-petista, para esse cargo; fica também com a parte financeira menina dos olhos da secretaria. A estudante de direito e licenciada em letras, Heide Patrícia Castro Nunes, ficará na função de secretário adjunto.
Nada contra a pessoa do camarada Bressan, que possui um currículo invejável, mas nenhuma experiência na educação.
O prefeito João Salame está mesmo decidido em implementar a tão sonhada gestão democrática no município, a contragosto daqueles que prefeririam ter o poder das indicações. O prefeito contará com a ajuda do Sintepp, que deve reunir com a categoria para formular o regimento do processo eleitoral. Tudo deve acontecer já no primeiro bimestre desse ano. Por conta disso alguns diretores de escola já começaram a entregar as portarias.
A gestão democrática vem resolver o velho problema da vitaliciedade que essa função gratificada acabou adquirindo aqui no município. A rotatividade no comando de qualquer órgão público é um princípio democrático. O que acontece aqui em Marabá e que não deve ser diferente de outros municípios é que o professor que passa décadas nessa função desenvolve pelo menos um dos dois vícios: ou passa a achar que a escola lhe pertence ou fica estagnado sem conseguir avançar em nada no desempenho da escola. Quatro anos no máximo deve ser o tempo que cada professor deverá ocupar nessa função.