quarta-feira, 31 de outubro de 2012

JAGIB MUTRAN PREFEITO - COMEÇOU A CAÇA ÀS BRUXAS


O prefeito empossado, Nagib Mutran Neto, nem bem assumiu a cadeira na prefeitura e já começou a caçada às bruxas. Umas das cabeças que rolarou hoje foi do todo poderoso professor Antonio Disney, da Semed. O que se via hoje em frente ao prédio da prefeitura eram um amontoado de carros de ex-poderosos da secretaria de educação, entre eles Ney Calandrini e Carlos, procurando conversar com o prefeito. 
Segundo fala da vereadora Julia Rosa agora os vereadores vão instalar as devidas comissões para prosseguir com as investigações das denuncias que estão sendo feitas. Ou seja, vão  mexer com cadáveres. Se todo esse barulho tivesse sido feito pelo menos no começo desse ano, muito caos teria sido evitado no nosso município. 
Eu quero saber é se os vereadores vão investigar o caso da F.A. OLIVEIRA CRUZ LTDA ME, da família do vereador Ronaldo Yara, é uma vergonha que precisa ser passada a limpo. Além disso, há também uma compra de livros milionária que foi feita pela equipe da Semed, que precisa ser investigada. 

terça-feira, 30 de outubro de 2012

MAURINO E NILSON PIEDADE FORAM AFASTADOS PELA JUSTIÇA

(Peguei agora do Terra do Nunca do Repórter Chagas Filho)

 

Maurino é afastado do cargo... finalmente


Na manhã de hoje (30), o prefeito Maurino Magalhães (PR) foi afastado do cargo e teve os bens bloqueados por ordem judicial.
A mesma punição foi imposta ao secretário municipal de Saúde, Nilson da Costa da Piedade.
Os dois são acusados de desvio de recursos da Saúde.
Quem assume a vaga é o vice Nagilson Amoury.
A Câmara Municipal deve ser notificada a qualquer momento.
Daqui a pouco mais informações.

NINHAL TUCANO MANTEM-SE NOS PRINCIPAIS COLÉGIOS ELEITORAIS



PSDB mantem a base eleitoral de Jatene. A saída para as eleições de 2014 é formarmos uma chapa que una a Região de Carajás e alguém do lado de lá, só assim teremos forças para desfazer o ninhal tucano. Quem sabe um João e Edmilson ou Edmilson e João. Seria uma chapa de ferro contra esse sorriso amarelo. Confira a postagem no do blog do meu conterrâneo Alderi.(Do blog do Alderi.)


Zenaldo Coutinho, PSDB, Belém, 56.61% votos (438.435).

Manoel Pioneiro, PSDB, Ananindeua, 53,87% votos (107.570). 
   
Alexandre Von, PSDB, Santarém, 46,28% dos votos (68.603).

Valmir da Integral, PSD, Parauapebas, 55,71% votos (49.080).

Paulinho Tocantins, PSDB, Paragominas, 69,67% votos (32 593.).

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

SEMED - NADA ESTÁ DEFINIDO

Parece que não há consenso entre os petistas sobre qual nome indicar para assumir a secretaria de educação. Cogitou-se Bressan, mas  alguém me disse que o mais provável é ele ir para a secretaria de agricultura. Toinha, não é do PT PRA VALER do vice-prefeito e de sua esposa... E a Flor, está muito afastada do município, há quanto tempo, Estava do lado de quem em 2006? Orlando Moraes do PDT, não, não, não. Não nos façam isso!  Depois do Maurino na prefeitura essa seria a pior decisão para a educação municipal. 
Vamos lá, João, desenrola esse novelo!

sábado, 27 de outubro de 2012

MEUS LEITORES DEIXEM UM COMENTÁRIO

(São poemas meus)
A VIDA

Há quem pense ser a vida
Um grande Best-seller.
Prefiro crer na possibilidade de estarmos encenando.
         [uma tragédia de improvisação.
Somos atores patéticos.

Nessa trapalhada que se chama vida,
Cada um vive o seu próprio drama.
O dramaturgo parece não existir.
É apenas um blefe criado pela humanidade?

Nesse palco de improvisos,
Armei e detonei uma bomba.
Fiz-me em pedaços.
Por toda parte caíram fagulhas de mim.

Na religião, credos, crenças, tabus;
Na filosofia, a identidade;
Nas ciências, conceitos;
Nas Artes, padrões.

No amor, derramou-se um fel
Amargo, quente...

De mim, só restou inteiro o corpo:
Amontoados de átomos.
Serei devolvido à Natureza,
Nela sou eterno.

TINTO AMOR
Fico o dia bebendo as horas
Enquanto o tempo me consome.
Quando você some,
Fico pensando se por meu amor também choras.

Minhas lembranças são da cor do vinho tinto,
Vou longe buscar o teu sorriso.
Teus castanhos olhos não os encontro...

Beijo tua boca, na lembrança...
Do teu amor...
Embriago-me.

POEMA VERMELHO - NÃO LEIAM
Quando estou assim
Sentindo um mundo vago dentro de mim,
Acho que vou perder aquilo que me deixa firme,
Então olho para o lado que o sol nasce,
De lá vem uma brisa que não entendo muito bem
Só sei que ela me acalma, tira de mim os demônios
São muitos a me perseguir.
Não quero ficar só nessa viagem
Quero ter a companhia de alguém.
As mulheres que tenho guardadas na memória
Pertencem ao meu computador
Somente ele as pode ter
São belas e perfeitas, são mulheres que outros tem
Eu fico com a ilusão, mas estou bem
No final da estrada serei crucificado.
Tudo bem fui eu mesmo que fez a cruz
Ninguém tem culpa disso.


Quando o espírito, meu daimon, se achega
Não sei qual a mensagem que ele traz,
Ele sempre vem, quando as folhas balançam nas árvores,
É a brisa mandada pelo sol, é o sol desfeito em fótons,
Não entendo essas coisas da física
Meu espírito não está tranquilo,
Hoje não foi um dia bom- os maus dias sempre virão
Vou tentando me inspirar
Vou à via crúcis, quem sabe encontrarei alguém,
Alguém que queira padecer por mim
No final da estrada serei crucificado,
Tudo bem fui eu mesmo que fez a cruz
Ninguém tem culpa disso.

Um dia estarei tranquilo, no meu canto, esperando
Acho que não vai demorar, a ter um lugar só meu.
Lá estarei protegido de mim mesmo,
Meu daimon ficará aqui, não quero que ele vá.
Esse lugar será somente meu.
Lá não terá nenhum demônio a me perturbar,
Nenhum anjo a me dizer o que fazer,
Meu corpo será sacrificado no final da estrada,
Mas tudo bem fui eu mesmo que fez a cruz
Ninguém tem culpa disso.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A SEMED SERÁ REALMENTE DO PT

Muito tem se cogitado sobre quem será o próximo secretário de educação do município. O PDT do Giovanni Queiroz tentou apresentar o professor Orlando Moraes, ainda bem que não deu certo, ex-governo, fez parte de um secretariado que certamente será alvo de investigações, não, não dá. Ainda bem que não deu. 
O nome que se eu tivesse o poder de indicar seria do nosso camarada Pedro Souza, já experiente na administração da maior Regional do Estado, mas tudo bem, ele será muito útil a categoria lutando na câmara e legislando em prol do bem público. 

O que é certo nisso tudo é que já está decidido: a secretaria mais cobiçada será mesmo do PT, que já indicou o nome do suplente de vereador professor formado, mas não experimentado  Luiz Regason Bressan. Nada contra pessoa do senhor Bressan, mas, quem é ele mesmo? Em qual escola ele já deu aula? Bressan tem formação, está fazendo mestrado, porém não tem experiência nenhuma na educação municipal. Querem treinar ele justamente na Semed!? Vejo isso como uma disputa interna do partido, pois o nome da professora Toinha seria muito mais interessante. Experimentada tanto como professora, como sindicalista. Durante seu mandato não se afastou dos movimentos da categoria. A questão é que ela não está mais no PT pra valer. Tendencia do vice-prefeito e da deputada. Se o partido pensar bem, com a ida dela para a secretaria, o PT, e não a tendência, ganharia duas vezes: uma secretaria e um vereador, porque nesse caso o Bressan terá sua primeira experiência, como vereador.
Um dos discursos do prefeito eleito, quando então candidato foi o de que para assumir um cargo no seu governo, a pessoa deveria ter experiência na área. É essa coerência que esperamos dele.  

“Para ser autenticamente brasileiro é preciso ser paulista! (Millet) - A ACADEMIA VERDEAMARELO E A REVNOVAÇÃO ANTA (1926)



MENOTTI DEL PICCHIA
Ao analisar esse grupo literário Verdeamarelo, que teve como lideranças Menotti Del Picchia, Cassiano Ricardo e Plínio Salgado, a professora Mônica Pereira Veloso, em interessante artigo, levanta um fato importante: estávamos no pós Primeira Guerra Mundial, a Europa representava um passado que não deu certo, a América era um mundo novo a ser valorizado. Segundo ela “Recorrendo às metáforas organicistas, nossos intelectuais exprimem a ideia da velha e da nova civilização: o Brasil é o organismo sadio e jovem, enquanto a Europa é a nação decadente que deve fatalmente ceder lugar à América triunfante”. Nesse espírito é que o grupo liderado por Menotti vai se afastar dos lideres da Semana de Arte Moderna e trilhar por um caminho de declarada oposição a eles.
Com a derrocada do Velho Mundo “Alguns intelectuais interpretam o contexto como uma confirmação da análise de Spengler que previa o fim da cultura europeia e a aurora do novo mundo.” No entanto, a situação do Brasil não era nada confortável, havia por aqui o problema dos grupos fechados de imigrantes, um imenso território desabitado, a concentração demográfica apenas no litoral, a população do sertão e do interior da Amazônia viviam em completo isolamento de tudo o que acontecia nos centros cosmopolitas. Isso por vezes vai desembocar em conflitos armados como houvera acontecido em canudos. Esse problema poderia levar a outro: a intervenção internacional movida pela cobiça ao território brasileiro.
Mônica cita oportunamente o discurso de Afonso Arinos que alertava “se o Brasil tem um território, não tem ainda o que se pode chamar de nação”. A palavra de ordem passa a ser essa: construir a nação.
Os fatores negativos atribuídos à nossa civilização não o são, na realidade. Se aparecem assim é porque as elites brasileiras se pensaram e pensaram o seu país de acordo com a mentalidade européia”.
Era preciso fortalecer o espírito patriótico do povo, necessário seria então ter um grupo étnico que pudesse ser o representante do povo brasileiro “Encontrar um tipo étnico específico capaz de representar a nacionalidade torna-se o grande desafio enfrentado pela elite intelectual.” O Brasil é um país formado pela mistura de várias etnias eis ai um grande problema a ser resolvido.
Os intelectuais brasileiros se vem numa posição de superioridade com relação aos demais compatriotas e “Tomados deste sentimento de orgulho e resignação, os intelectuais brasileiros se auto-elegem executores de uma missão: encontrar a identidade nacional, rompendo com um passado de dependência cultural”. Nesse espírito surgem os grupos da poesia Verdeamarelo, de Menotti Del Picchia e da poesia Pau-Brasil, de Oswald de Andrade.
Todavia, apesar desse ponto que os filiam a um objetivo comum, Péricles Eugênio da Silva Ramos, no capítulo 49 da obra dirigida por Afrânio Coutinho,(COUTINHO – 1997) afirma que o grupo do verdeamarelismo se opõe ao Pau-Brasil “naquilo que se prendia às raízes francesas – contra a importação dos ismos em geral”. Já a professora Mônica, em um artigo publicado com o título “BRASILEIRISMO VERDE-AMARELO” aponta o grupo Verdeamarelo como um grupo representante da direita paulista e que as ideias desse grupo vão servir de base à política integralista. Ela aponta também três coisas que servem de base para o ideário desse grupo: “nacionalismo-território-heroísmo”.
Outro trabalho interessantíssimo sobre esse tema é a dissertação de mestrado da historiadora Helaine Nolasco Queiroz. Segundo ela:
“O Verdeamarelo considerava a arte um dos locais onde mais facilmente a dependência cultural brasileira se evidenciava. Desde o período colonial até o século XIX, os moldes estéticos estrangeiros, especialmente os europeus, foram utilizados no Brasil, com destaque nas artes plásticas e na literatura, causando uma dependência da matriz europeia digna de censura”.

Nesse período a obra literária passa a ser analisada pela forma como aborda o território e a sociedade brasileira. Quanto maiores forem as informações trazidas pela obra sobre esses temas, maior será o seu valor literário. O grande problema do grupo Verdeamarelo é que seus integrantes supervalorizavam São Paulo em detrimento dos demais centros brasileiros, principalmente o Rio de Janeiro. Segundo eles, o paulista é que representa o verdadeiro brasileiro,com sua inclinação natural ao trabalho, iniciada pelos bandeirantes é que foi possível expandir o território nacional, enquanto que o Rio de Janeiro ficou largado ao ócio, contemplando o mar com suas belas praias.
A visão ufanista de São Paulo traz um aspecto interessante: a desqualificação empreendida em relação ao Rio de Janeiro. A promiscuidade de suas praias, o aspecto anárquico de sua economia, a futilidade dos hábitos cariocas e a violência e amoralidade do carnaval são objeto de inúmeras crônicas e charges publicadas no Correio Paulistano”.(Mônica)
 Houve uma bifurcação de entendimento sobre a brasilidade entre o grupo liderado por Menotti e os Modernistas. Sobre isso Mônica tece o seguinte comentário:
O que é o Brasil? Um país fragmentado pelas diferenças ou um conjunto homogêneo? E o regionalismo? Seria um sinal do nosso atraso, um obstáculo à atualização da cultura brasileira ou, pelo contrário, o depositário da nossa verdadeira identidade? São essas as questões que aquecem o debate intelectual modernista, criando cisões, confusões e alianças. Se, de certa forma, a idéia do Brasil como conjunto cultural que se impõe pela sua originalidade é unânime, a constatação do fato não dilui as divergências.”

De um lado estava Mario de Andrade com a visão de que o brasileiro é um “Macunaíma- herói sem nenhum escrúpulo”. Mostrando através de sua teoria de “desgeografização” do Brasil, uma forma de entender o país que não se baseasse apenas no fator espacial, como queria os verdeamarelos, no entanto levando em conta a questão temporal e histórica. Do outro, formou-se o grupo Verdeamarelo que supervaloriza a questão regional, apresentando como modelo a ser seguido a região do Estado de São Paulo.
Para os verde-amarelos, São Paulo se apresenta como o cerne da nacionalidade brasileira, justamente pela sua configuração geográfica. A originalidade da geografia paulista investiu a região de um destino especial: ser o guia da nacionalidade brasileira. O argumento se desenvolve da seguinte forma: diferentemente das demais regiões do país, em São Paulo os rios correm em direção ao interior. Este fato teria obrigado os paulistas a caminharem em direção ao sertão, abandonando o litoral. Por uma questão de fatalidade do meio ambiente, eles se tornaram, então, bandeirantes e desbravadores. Ao se internarem nos sertões, os bandeirantes teriam abdicado dos falsos valores do litoral-alienígena para encontrar os filões do Brasil-autêntico, que é o rural”.

E mais:

Assim, a valorização do regionalismo coloca-se como imprescindível porque possibilita "delimitar fronteiras, ambiente e língua local". E mais: só o regionalismo é capaz de dar sentido real no tempo e no espaço, já que o ritmo da terra é local. Assim, o brasileiro não deve acompanhar o ritmo da vida universal,pois este é abstrato, genérico e exterior. A alma nacional tem um ritmo próprio que deve ser respeitado custe o que custar. É este senso extremado do localismo que marca a doutrina verde-amarela, diferenciando-a do ideário modernista.”

Os Verdeamarelos veem no período colonial do século XVI o momento áureo da nossa história, pois foi quando houve a integração pacífica do elemento colonizado com o colonizador. Esse momento passa a ser visto por eles como atemporal, presente, que deve ser revivido, menosprezando a evolução temporal e histórica. Essas ideias estão presentes no manifesto Nhengaçu.
Se Mario de Andrade criou Macunaíma, o anti-heroi que representa o povo brasileiro, malandro, preguiçoso sem nenhum escrúpulos, o verdeamarelista Cassiano Ricardo criou Martim Cererê, que encarna o clássico bandeirante paulista, bravo, honrado e disposto ao trabalho.
Para Mônica:
O personagem Macunaíma não corporifica apenas qualidades consideradas positivas, mas inclui todas as fraquezas e vacilos do ser nacional que, dilacerado entre duas culturas, busca a sua estratégia de sobrevivência. Este herói, ou este anti-herói, é o próprio Brasil: ambíguo, conflitante, em constante procura de identidade.”

Com relação ao Martim Cererê, diz: “ [..] é aquele que realiza a "epopéia dos trópicos". Ele é pleno de atributos por sua capacidade de enfrentar dificuldades, seu espírito aguerrido, seu altruísmo ímpar”. Esse era o paulista na sua essência, segundo os verdeamarelos.
Assim, o grupo Formado por Menotti Del Picchia, Cassiano Ricardo, Plínio Salgado e Raul Bopp, que recebeu o nome Academia Verdeamarelo, foi uma tentativa quase fascista de tentar impor a cultura paulista como a única representativa da cultura brasileira. Esse foi um grupo, acima de tudo, representante da elite paulista. Esse grupo foi criado por Menotti em 25 de julho de 1926, dois anos depois da realização da Semana de Arte Moderna, e durou até o final de 1927, quando seus integrantes declaram encerrada a missão do grupo. Os mesmos integrantes desse grupo foram quem formaram o Grupo da Anta, que logo depois e dissolvido, indo cada um tomar o seu rumo na literatura e na política brasileira na década de 1930. Essa será a segunda fase do modernismo, 1930 a 1945, foi a chamada “fase de extensão” ou pós-modernismo”. 
(Aurismar Lopes Queiroz, pós-graduado em Estudos Linguisticos e Analises Literária)